A materialização dos corpos na concepção de Judith Butler
o paradigma da globalização
Resumo
O seguinte trabalho tem como objetivo retratar a materialização dos corpos na concepção de Judith Butler, a partir da influência de Michael Foucault e como isso se dá contemporaneamente. O texto Corpos que importam – os limites discursivos do sexo (2019), retrata todo o movimento em torno da materialização do corpo através do pensamento de Butler, e das relações de poder perpetuadas historicamente por meio de discursos restritivos e normalizadores sobre os corpos. Será abordado também como a tradição filosófica influenciou nesse processo. Veremos como isso tudo reflete na materialização dos corpos atualmente a partir de um cenário globalizado, pois sempre houve, ao longo da história, um movimento de abstração do mundo real, no qual esqueceu-se de pensar a partir das vivências sociais dos próprios sujeitos, tendo em vista que todo o corpo estrutural da filosofia foi desenvolvido no continente europeu, onde os autores tinham claramente uma definição de subjetividade e de indivíduo, sendo o homem branco, e com direcionamento ao aspecto racional, desde a Grécia antiga, até o movimento iluminista. As mulheres, o povo negro, os LGBTQIAPN+ e deficientes fugiam desse padrão estabelecido na época, dessa forma, eram invisíveis à reflexão e estavam colocados como abjetos. Torna-se importante pensarmos o processo de materialização a partir de novos prismas, como a globalização por exemplo. Esses são alguns fatores que refletem e refletirão no processo de materialização dos corpos e na construção de subjetividades hodiernamente, assim como no futuro.
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